Sim... ainda aqui estou. Não sei ao certo quanto tempo vou ficar. Tenho comigo a vontade de partir e a esperança de poder mudar!
Cansada de estar cansada faz-me acordar todos os dias mais cansada ainda, e o tempo vai passando numa repetição de gestos, de olhares, de sentidos que se vão perdendo nesta busca impertinente de boa razão.
Não sou filosofa nem sou amante, sou apenas ser humanamente errante... como tu!
Oxalá fora ontem, para que ainda hoje tivesses presente os sentimentos que nos assaltaram a alma, naqueles dias, naqueles anos que agora esquecemos, perdemos como meros poemas que o sol esbate.
Neste lento tempo em que vivo revivo histórias que não quero nunca contar, e há lembranças que luto para esquecer sem me aperceber que o melhor seria viver!
Mas esquece tudo isto, pois são apenas palavras do nosso tempo que não saciam a sede de coisas novas.
Sei que isto nada muda, mas queria dizer-te que... sim ainda aqui estou.
Não importa quanto tempo vou ficar, mas que vou continuar a amar.
... e amanhã?!... será igual a ontem?!...